Planeta dos Macacos: A Origem – crítica

     O filme é melhor do que você imagina, é o que posso afirmar para os que têm pressa em saber qual a opinião do crítico!
      Quando assisti “Planeta dos Macacos”, por volta de 1975, o filme causou grande impacto em mim. Charlton Heston com sua forte presença de cena era um astronauta que ficara em êxtase por séculos e caíra supostamente em outro planeta onde macacos eram a espécie predominante e os humanos eram uma espécie inferior, aparentemente irracional e incapaz de se comunicar verbalmente.
      Ao fim do filme, no momento em que o Coronel George Taylor se depara com a imagem magnífica da Estátua da Liberdade inclinada e brotando da areia da praia, o filme ganhou uma dimensão toda nova. Ele caíra na Terra, em um futuro onde o Homem não mais dominava o planeta e onde algo acontecera e os macacos de alguma forma triunfaram evolutivamente.
      “Planeta dos Macacos: A Origem” (IMDB) consegue ser convincente em explicar como isto aconteceu ao mesmo tempo que entrega uma história comovente de injustiça, intolerância, liberdade e violência.
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      Esquecendo os óbvios subtextos, que acabam ficando em segundo plano diante das metas do filme, a obra dirigida competentemente por Ruper Wyatt (“The Escapist”) é objetiva e literal como poucas, e extremamente hábil em demonstrar a evolução do personagem digital, um símio exposto propositadamente a uma terapia genética que tencionava curar o Mal de Alzheimer.
      O cientista Will Rodman (James Franco) trabalha para a Gen-Sys, corporação de pesquisa de drogas revolucionárias de manipulação genética, o que permite que tente incansavelmente encontrar a cura para a doença do pai, que vive com ele.
      A símia que viria a dar a luz ao personagem principal visivelmente passa a ter ganhos cognitivos e o que Rodman considera uma cura para o Alzheimer começa a se mostrar mais que isso, mas um mal entendido acaba por ser fatal e ela acaba perecendo e desacreditando a droga “milagrosa”.
      Tendo herdado sua inteligência da mãe modificada pela terapia genética e após sua morte, o pequeno símio é adotado ilicitamente por Rodman, que passa a administrar a droga em seu pai, cujo estado melhora visivelmente.
      Quando o símio é batizado como Cesar começa a ficar claro para onde o filme vai e o desastre iminente começa a surgir no horizonte do enredo.
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      Daí em diante o filme, que provavelmente já o terá impressionado visualmente, passa a colocar diante do espectador cenas tão realistas e grandiosas, de símios quase imperceptivelmente digitais, que deverão deixá-lo estarrecido.
      Em um crescendo a obra faz várias referências ao filme de 1968 ao mesmo tempo que dá um espetáculo de interpretação através do personagem digital que rouba o filme completamente, bem como acaba por nos fazer torcer pela horda simiesca que começa a popular os quatro cantos da tela.
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      “Planeta dos Macacos: A Origem” é um exemplo da tecnologia usada de forma certa para contar uma boa história e – Ficção Científica ou não – qualquer membro da família, de qualquer idade, vai gostar do filme que é bem executado do início até o fim, fazendo justiça a franquia “Planeta dos Macacos” e enriquecendo o pano de fundo deste enredo de 43 anos de idade.
      No dia 26 de Agosto de 2011 vá ao cinema e descubra que o Futuro chegou… e que nós não estamos nele!
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Fonte: Outra Coisa

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